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quinta-feira, 13 de maio de 2010

O pão da vida

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado João.Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer àmendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhavamuito…Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clubesocial, quando viu chegar um casal.João lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer.-Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado- disse ele…Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:-Que queria o pobre homem?-Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido.,- Lorenzo, não podemos entrar e comer uma comida farta que nãonecessitamos 3e deixar um homem faminto aqui fora!-Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiropara beber!-Tenho uns trocados comigo. Vou dar-lhe alguma coisa!Mesmo de costas para eles, João ouviu tudo que disseram.Envergonhado, queria se afastar depressa correndo dali, mas nestemomento ouviu a amável voz da mulher que dizia:- Aqui tens algumas moedas.Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, nãoperca a esperança.Em algum lugar existe um lugar de trabalho para você. Espero queencontre.-Obrigado, senhora.Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo.A senhora me ajudou a recobrar o ânimo!Jamais esquecerei sua gentileza.-Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - Disse ela com umlargo sorriso dirigido mais a um homem que a um mendigo.João sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo.Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco.Gastou a metade do que havia ganhado e resolveu guardar o quesobrara para o outro dia, comeria ‘O Pão de Cristo’ dois dias.Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior.O PÃO DE CRISTO!-Um momento! - Pensou.Não posso guardar o pão de Cristo somente para mim mesmo.Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido naescola dominical. Neste momento, passou a seu lado um velhinho.-Quem sabe, este pobre homem tenha fome, pensou -……Tenho que partilhar o Pão de Cristo.- Ouça-exclamou João-. Gostaria de entrar e comer uma boa comida?O velho se voltou e encarou-o sem acreditar.- Você fala sério, amigo? O homem não acreditava em tamanha sorte,até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com umbelo prato de comida quente na frente.Durante a ceia, João notou que o homem envolvia um pedaço de pãoem sua sacola de papel.- Está guardando um pouco para amanhã? Perguntou.- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumofreqüentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando odeixei. Tinha muita fome. Vou levar-lhe este pão.- O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve aestranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquelamesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino quehavia soado antes em sua cabeça.Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou aengoli-lo com alegria.De repente, se deteve e chamou um cachorrinho.Um cachorrinho pequeno e assustado.- Tome cachorrinho. Dou-te a metade - disse o menino.O Pão de Cristo alcançará também você.O pequeno tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a vendero jornal com alegria.- Até logo! Disse João ao velho. Em algum lugar haverá um emprego.Não desespere!- Sabe? -sua voz se tornou em um sussurro. - Isto que comemos é opão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas paracomprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom!Ao se afastar, Vitor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna.Agachou-se para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira ondeestava gravado o nome e endereço de seu dono.João caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateuna porta.Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficoucontentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria.Estava por repreender João, que certamente lhe havia roubado ocachorro., mas não o fez pois João mostrava no rosto um ar edignidade que o deteve. Disse então:- No jornal de ontem, ofereci uma recompensa pelo resgate.Tome!! João olhou o dinheiro meio espantado e disse:- Não posso aceitar. Somente queria fazer um bem ao cachorrinho.- Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto!Você precisa de um emprego?Venha ao meu escritório amanhã. Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.Ao voltar pela avenida aquele velho hino que recordava sua infância,voltou a soar em sua alma. Chamava-se ‘PARTE O PÃO DA VIDA’,‘NÃO O CANSEIS DE DAR, MAS NÃO DÊS AS SOBRAS,DAI COM O CORAÇÃO, MESMO QUE DOA’.QUE O SENHOR NOS CONCEDA A GRAÇA DE TOMAR NOSSA CRUZ E SEGUI-LO, MESMO QUE DOA!





                              

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